» CASAL ITALIANO BUSCA PARENTES EM PESQUISA NA FUNDAÇÃO PRÓ-MEMÓRIA Imprimir

» CASAL ITALIANO BUSCA PARENTES EM PESQUISA NA FUNDAÇÃO PRÓ-MEMÓRIA
A Fundação Pró-Memória, em seu Arquivo Público e Histórico da Cidade, recebe bom número de interessados em fazer pesquisas familiares, entre eles muitos descendentes de italianos, que procuram obter a documentação para instruir processos de dupla cidadania. Outros, no entanto, como o casal italiano Ângelo e Santina Dall’Aglio, buscam informações sobre parentes no acervo de habilitações de casamentos da Fundação. No final do ano, eles estiveram em São Carlos pesquisando informações para completar a árvore genealógica da família.

Angelo e Santina moram na pequena cidade de Villadose, na província italiana de Rovigo, a cerca de 100 quilômetros de Veneza. Ele é músico e professor de música aposentado, trompista e trombonista, e dona Santina, professora de italiano, também aposentada. A curiosidade dele sobre o Brasil foi estimulada por uma fotografia na sala da casa do pai, mostrando um tio que partira para o Brasil em 1916, que aparecia ao lado da mulher, um menino montado a cavalo e duas mocinhas.

Em 1988, ele fez a primeira de uma série de dez viagens ao Brasil, nas quais, entre temporadas de veraneio em praias, fazia visitas a parentes. Mas a iniciativa para pesquisar a origem da família deu-se um ano antes, em 1987, “após a morte de uma tia, que mantinha a história da família”, conta Angelo num português quase perfeito. Ele argumenta que “é preciso conhecer mais o passado para construir no presente e fazer um futuro melhor”. Com as viagens, foi surgindo uma paixão pelo Brasil e ao mesmo tempo foram conhecendo os parentes. A maior parte deles foi encontrada em Bauru, onde vive Bento, o menino que aparecia na foto montando o cavalo, primo em primeiro grau de Angelo.

A ligação com São Carlos veio por meio do avô de Ângelo, Ricardo, que aportou em Santos no dia 4 de maio de 1888, a bordo do navio San Martino. No navio, o avô conheceu Antonia Maria Spironello, a filha mais velha de uma família de sete irmãos, com quem se casou na matriz de São Carlos em 23 de julho. Dois anos depois, entretanto, voltaram para a Itália. A esposa do irmão de Ricardo sofreu uma conjuntivite severa e os dois casais decidiram retornar.

Para Angelo Dall’Aglio, a pesquisa dos antepassados ainda apresentava muitos claros, especialmente sobre o que tinha acontecido com os irmãos de sua avó, que tinham ficado no Brasil, quando, em 2004, passeando pela praia do Gonzaga, em Santos, viu pintado em um caminhão o letreiro “Supermercados Spironello”, mas não viu a placa do caminhão e não pôde saber de onde era o veículo.

De volta à Itália, estimulado por aquela coincidência, pesquisou em Treviso, a cidade de origem da família Spironello, e acabou localizando em Piracicaba um irmão do pai de Antonia Maria e outros parentes em Bebedouro. No final do ano, em São Carlos, encontrou na Fundação Pró-Memória as habilitações de casamento de Francesca Faustina, nascida em 9 de março de 1879, que se casou com Francisco Scutari, e Eugenia Maria, nascida em 20 de julho de 1881, que se casou com Giovanni Guerra Russo, ambas irmãs de sua avó.

Entusiasmados com os bons resultados obtidos nas pesquisas, Angelo e Santina Dall’Aglio pedem a quem saiba o que aconteceu com Francesca Faustina ou Eugenia Maria, ou seus descendentes, para entrar em contato com eles, pela internet, através do endereço Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo. .

(06/01/06)