» PARCERIA PROMOVE CURSO DE FORMAÇÃO PARA O SUS PDF Imprimir E-mail

O Ministério da Saúde em parceria com a ENSP/FIOCRUZ (Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz), Prefeitura de São Carlos e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) estará realizando nos dias 18, 19 e 20 deste mês, no prédio AT-6 do curso de Medicina (UFSCar), o primeiro encontro presencial do curso de Formação de Facilitadores em Educação Permanente para o Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é transformar a prática de trabalho em saúde, identificando os nós-críticos enfrentados na atenção ou na gestão, possibilitando a construção de estratégias contextualizadas que promovam o diálogo entre as políticas gerais e a singularidade dos lugares e pessoas.

O curso semipresencial e com aprendizagem à distância prevê uma carga horária de 192 horas, distribuídas em um período aproximado de 6 meses, devendo o participante dedicar ao mesmo uma carga horária semanal de cerca de 10 horas de estudo. Ele será monitorado por dois tutores (multiplicadores de conhecimento) de São Carlos em formação pela ENSP/FIOCRUZ e coordenado por uma Roda de Educação Permanente do município com a participação de professores da UFSCar, representantes da Secretaria Municipal de Saúde e da Escola Municipal de Governo da Prefeitura.

Estão inscritos 43 pessoas da Rede Escola do Cuidado à Saúde incluindo representantes das Unidades Básicas de Saúde (UBS), Vigilância Epidemiológica e Sanitária, Centro de Atendimento Psicossocial – Adulto, CAPS – AD, Programa de Atendimento Domiciliar (PAD), SAMU, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Avenida São Carlos, Unidade Saúde Escola da UFSCar, Maternidade - Santa Casa, Centro Municipal de Especialidades, Farmácia Popular, Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), Ambulatório de Risco/SAIB, Gestão do Nível Central da SMS, Escola Municipal de Governo e UFSCar.

O desafio a ser assumido é o de participar ativamente na promoção e articulação entre a educação dos trabalhadores do setor, a capacidade resolutiva dos serviços de saúde e o desenvolvimento da educação popular para um SUS mais humanizado.

Proposta
A Política de Educação Permanente é uma estratégia elaborada e implantada pelo Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde e do Departamento de Gestão da Educação na Saúde, importante instrumento para promover mudanças no modelo de formação do Sistema Único de Saúde e impulsionar a integralidade da atenção à saúde, tendo como principal foco as necessidades dos usuários.

Ela é descentralizada, ascendente, multiprofissional e transdisciplinar, contemplando diferentes saberes e fazeres buscando refletir as diversas práticas nos processos de trabalho e envolver todos os setores do chamado quadrilátero da saúde, composto pelos usuários/controle social, profissionais de saúde, entidades formadoras e gestores do SUS.

Formação
A proposta pedagógica do curso está pautada no entendimento de que o sujeito é agente ativo de seu próprio conhecimento, construindo significados e definindo sentidos e representações da realidade de acordo com suas experiências e vivências. Esse enfoque assume, como eixo principal, o pensamento crítico e produtivo e a atividade consciente e intencional do aluno na resolução dos problemas encontrados na sua realidade.

A estrutura é dinâmica, permitindo a inserção de atores com distintas funções, diferentes experiências e acúmulos e diversas necessidades de formação. O curso tem uma estrutura dinâmica, contribuindo para a construção de cenários que propiciem a reflexão permanente das equipes de saúde sobre suas práticas, visando ampliar capacidades institucional e profissional de atenção, de gestão, de participação social e de formação em sistemas locais de saúde.

Pretende, portanto, subsidiar as ações dos facilitadores no desafio de implementar, fortalecer e consolidar a proposta político-pedagógica da educação permanente em cada bairro da cidade. A dinâmica do curso foi pensada de modo que o facilitador escolha seu próprio percurso de aprendizagem a partir de suas motivações, vivências, necessidades e contexto profissional.

(15/12/06)