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“Previna-se ou o bicho vai pegar”.

CAMPANHA MARCA O DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS

Com o tema “Previna-se ou o bicho vai pegar”, a Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o Sesc e a Universidade Federal de São Carlos, realiza neste sábado, dia 1º, Dia Mundial de Luta contra a Aids, uma campanha de orientação sobre a prevenção do HIV/Aids e Doenças Sexualmente Transmissíveis nos pontos de maior circulação de pessoas na cidade, como o calçadão da rua General Osório, escola Álvaro Guião e barzinhos, no período noturno.

A campanha será coordenada pelo Programa Municipal de DST/Aids, que atende a população no ambulatório localizado no Centro Municipal de Especialidades (CEME). A atividade de hoje vai reunir equipes uniformizadas que estarão nas ruas da cidade realizando um trabalho de divulgação especial com a distribuição de 11 mil panfletos educativos e institucionais conscientizando a população de que é necessária a prevenção do vírus HIV e das DST. A campanha conta ainda com divulgação de informe na mídia e colocação de outdoors em diversos pontos da cidade.

Crescimento de casos
O último relatório do Ministério da Saúde aponta um crescimento de casos entre os jovens, principalmente entre as mulheres jovens e casadas, que estão contraindo a doença através dos seus companheiros, por usar menos o preservativo, concentrando atenção no uso de pílulas anticoncepcionais e hormônios para a prevenção da gravidez, relaxando na prevenção das DST. Em São Carlos, 70% dos casos de Aids estão na faixa dos 20 aos 39 anos, homens e mulheres que estão em idade reprodutiva e produtiva economicamente. Outra preocupação é com o fato de que as mulheres além de adquirirem o vírus o transmitem para os bebês.

“A nossa única arma contra as DST é a informação, por isso queremos pedir para as famílias e escolas discutirem a prevenção da Aids com os jovens de maneira aberta e conscientizar que o uso do preservativo é o único insumo que protege contra as DST, evita a gravidez e previne o HIV e a Aids”, alerta Blaranis Pauletto, coordenadora do DST/Aids de São Carlos.

Doença ainda mata
A Aids ainda não tem cura e nos anos 80 chegou a ser considerada uma sentença de morte. Hoje pode ser tratada, pois quanto mais cedo o paciente realizar o diagnóstico e iniciar o tratamento melhor será a sua qualidade de vida. O grande risco está no fato de que com o surgimento do coquetel anti-aids, que passou a ser distribuído gratuitamente para o Sistema Único de Saúde (SUS) em 2003, ajudando a melhorar o sistema imunológico do organismo, as pessoas passaram a achar que a doença tem cura e não é tão grave assim.

Vale lembrar que os medicamentos realmente incorporaram novas tecnologias e aumentaram a sobrevida dos pacientes, mas causam efeitos colaterais e sofrimento aos usuários, e a doença ainda é fatal. Em São Carlos, o teste do vírus HIV é feito em qualquer unidade de saúde sem a necessidade de marcação de consulta médica, com aconselhamento pré e pró-teste e com a garantia da preservação sigilo do nome do paciente.

O exame é simples e o paciente fica sabendo do resultado entre cinco e dez dias. “A pessoa que tem uma relação sexual insegura normalmente nos procura para realizar o exame que é repetido em 60 dias por causa da janela imunológica, período de incubação do vírus HIV, que nos dará a certeza se houve ou não a contaminação”, explica Blaranis. Caso o resultado seja positivo o paciente é encaminhado para um serviço especializado do Sistema Municipal de Saúde, onde uma equipe multiprofissional de saúde vai dar todo o apoio necessário ao tratamento da doença.

Em São Carlos, foram registrados 38 novos casos de Aids em 2006 com 36 mortes. Até julho deste ano foram registradas 8 notificações do vírus HIV com 17 mortes. De 1987 para cá tivemos 1.388 casos de Aids e 504 óbitos.



(30/11/07)