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O Seminário Nacional População em Situação de Rua, realizado na última sexta, dia 14, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), numa parceria entre a UFSCar e a Prefeitura, teve como objetivo formar um espaço para congregar diversos segmentos da sociedade para a troca de experiências sociais e de reflexões acadêmicas, visando o fortalecimento da cidadania da população de rua.

A mesa de abertura foi composta pela pró-reitora de extensão da UFSCar, Marina Palhares, pela secretária municipal de Cidadania e Assistência Social, Maria de Fátima Piccin da Silva, pela diretora do Departamento de Política Social Especial do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Valéria Goneli, pelo presidente do Movimento Nacional População em Situação de Rua, Anderson Miranda, e pela coordenadora do Departamento de Sociologia da UFSCar, Norma Valêncio.

Na abertura, Fátima Piccin mostrou como está desenhada a política de assistência social na cidade. “Em 2005, seguindo as orientações da politica nacional para a implantação do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), implantamos o primeiro Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Em 2007, descentralizamos a assistência social em cinco regiões, com a mesma delimitação, territorialização e articulação das políticas sociais. Hoje temos implantado quatro CRAS. Implantamos dois Centro de Referência Especializado de Assistência Social. O primeiro CREAS agrega três serviços: serviço de atendimento à mulher vítima de violência doméstica, serviço de atendimento à pessoa idosa e pessoa com deficiência que sofre maus tratos e violação de direitos e serviço de enfrentamento ao abuso e exploração sexual infanto-juvenil. O segundo CREAS foi implantado em julho deste ano, atendendo a população em situação de rua".

Na palestra “Pessoas em situação de rua: da intolerância à inclusão social”, Valéria Goneli falou que depois de 2005 o governo federal passou a ter um novo olhar para a população de rua, fazendo o co-financiamento para os municípios tratarem essas pessoas. “Esse ano, a partir de novembro, vamos dobrar os recursos; as cidades acima de 250 mil habitantes irão começar a receber recursos para ajudar essa população. Antes só cidades com mais de 300 mil habitantes recebiam”, explica.

Na parte da tarde, as assistentes sociais Vivian da Silva e Ana Laura Herrera, da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, e Luciano Freitas de Oliveira, da Secretaria de Inclusão Social e Cidadania de Araraquara, falaram sobre suas experiências em trabalhar com população e situação de rua. Na ocasião três pessoas deram seus depoimentos sobre como é viver na rua e duas delas falaram como saíram dessa situação.

Um deles é o senhor Paulo Silva, que há três anos morava embaixo do viaduto perto da rodoviária. Ele contou emocionado que as assistentes sociais e o trabalho voluntário das pessoas do Posto de Rua, nunca desistiram dele, sempre estavam dispostos a ouvi-lo e suprir suas necessidades, mas também davam conselho. “Foi por causa dos conselhos deles que eu fui para o Albergue Noturno e recomecei minha vida. Hoje eu tenho casa, emprego e principalmente orgulho de mim”, ressalta.

Visita

A diretora do Departamento de Politica Social Especial do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Valéria Goneli, e a secretária municipal de Cidadania e Assistência Social Maria de Fátima Piccin da Silva, visitaram o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e o Albergue Noturno. Em uma reunião realizada com CREAS, as funcionárias puderam mostrar os balanços de atendimentos e falar sobre os atendimentos.

(18/11/08)