COMITIVA SÃO-CARLENSE PARTICIPA DE MARCHA PELA PAZ PDF Imprimir E-mail
Uma comitiva de São Carlos, composta por 15 pessoas, com apoio Secretaria de Cidadania e Assistência Social, participou no último sábado (30), na capital paulista, da 1ª Marcha pela Paz: Sou Trans e Quero Dignidade e Respeito. A Marcha que foi idealizada pela Associação Centro de Apoio e Inclusão Social de Travestis e Transexuais (CAIS), em comemoração ao Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais, celebrado no dia 29 de janeiro.
 
De acordo com Renata Peron, presidente da CAIS, a ideia da Marcha foi para dar visibilidade ao segmento da população que sofre diuturnamente as mais diferentes e violentas formas de agressão, sendo excluído do convívio social e do pleno exercício de direitos. “Também buscamos conscientizar a sociedade e os poderes públicos acerca na urgente necessidade de garantir o respeito aos direitos humanos de travestis, mulheres transexuais e homens trans”.
 
A Caminhada Pela Paz: Sou Trans, Quero Dignidade e Respeito teve concentração no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e percorreu a avenida Paulista, rua Augusta, Viaduto Nove de Julho, Viaduto Jacareí até a Câmara Municipal, com um ato público e a entrega de um abaixo assinado, solicitando do Poder Legislativo a realização de audiência pública para discutir a promoção dos direitos de travestis, mulheres transexuais e homens trans. 
 
De acordo com Ângela Lopes, militante transexual, organizadora da marcha e colaboradora da CAIS no município de São Carlos, “é fundamental a participação dos travestis e transexuais de São Carlos, pela atuação que vem sido desempenhada e assim garantir que o município continue avançando na defesa e na proteção da diversidade”. 
 
A Secretaria de Cidadania e Assistência Social, Wiviani Tiberti, destaca que recebeu convite formal pedindo apoio e participação na Marcha e por considerar a ação relevante e muito legítima, atendeu ao pedido oferecendo o transporte.   
Wiviane destaca, ainda, que São Carlos foi a primeira cidade do estado a ter uma mulher transexual como gestora pública, avançando muito na defesa dos direitos desse segmento. Só nos últimos anos foram desenvolvidas inúmeras ações e políticas para a inclusão social de travestis e transexuais no município. 
 
Como exemplo, a secretária citou o decreto municipal 192/14 que visa garantir o respeito ao nome social e a identidade de travestis e transexuais no acesso ao serviço público, garantindo com isso um atendimento humanizado e que respeite a dignidade da pessoa. “A capacitação e orientação de todas as secretarias municipais sobre os aspectos da diversidade e aplicabilidade do decreto também foi muito importante”, destaca Wiviane, reafirmando que a Prefeitura continua pautada na atenção e cuidado da população LGBT, garantindo que todos tenham seus direitos preservados e garantidos.
 
(03/02/2016)