Com o título “O que está por trás da redução das mortes no trânsito de SP”, a cidade de São Carlos foi tema de uma reportagem sobre redução de acidentes de trânsito na última edição da Revista Exame. A matéria aborda como o município de 245 mil habitantes e uma vida noturna agitada por estudantes, identificou a maioria dos acidentes de trânsito e conseguiu diminuir os índices em um prazo de 2 anos. 

De acordo com dados levantados pela reportagem, de janeiro a agosto deste ano as mortes em acidentes de trânsito na cidade caíram para 16, menos da metade dos 35 casos observados no mesmo período de 2015, em entrevista o secretário municipal de Transporte e Trânsito, Márcio Marino, ressaltou que a combinação de bebida alcoólica com direção, comum entre os universitários, estava por trás do problema. “Era uma epidemia de violência nas ruas”.

A revista destaca que hoje as ruas e avenidas têm 38% menos mortes do que a média nacional, a melhora se deu na adoção de algumas medidas simples, entre as quais pequenas obras viárias como 32 faixas de pedestres em locais perigosos foram pintadas com a cor azul para que nenhum motorista passe desavisado. Além disso, foram montadas blitz diárias para flagrar motoristas alcoolizados ou que superam limites de velocidade. “Foi preciso mudar o comportamento de quem dirige”, destacou para o repórter da revista Marino Marino.

A reportagem jornalística escrita por Leo Branco ressalta que a conquista obtida por São Carlos não é um caso isolado. Estabilizadas num patamar elevado por uma década, as mortes no trânsito no estado de São Paulo começaram a cair no ano passado, e se descolaram da média nacional, que permanece altíssima para padrões globais.

Segundo dados obtidos pela revista por meio da Organização Mundial da Saúde, em 2015 houve 23 fatalidades no trânsito para cada grupo de 100 mil brasileiros, conferindo ao país­ um vergonhoso 125º lugar em segurança no trânsito, bem atrás de vizinhos como Chile (70º) e Argentina (73º). Já em São Paulo, nos oito primeiros meses deste ano ocorreram 13 mortes por 100 mil habitantes, 6% menos do que no mesmo período de 2015.

Em um conjunto de 15 cidades com alto índice de acidentes, como São Carlos, a redução foi de 15%. Por trás desses resultados está a ação do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, uma força-tarefa criada em 2015 com prefeituras, órgãos estaduais, como o DETRAN e a Secretaria de Segurança Pública, e grandes empresas, como a cervejaria AmBev.

A matéria completa que também conta com entrevistas do vice-presidente de relações institucionais da AmBev, Pedro Mariani, do secretário de Trânsito de Praia Grande, Marcelo Prado, do Álvaro Guzella, sócio da consultoria de gestão Falconi e do CLP, supervisor do programa Vision Zero, Matts Belin e da diretora da Bloomberg Philanthropies Kelly Henning, pode ser conferida na edição 1123 da versão impressa da revista, ou pelo site http://exame.abril.com.br/revista-exame/o-que-esta-por-tras-da-reducao-das-mortes-no-transito-de-sp/

(19/10/2016)