JOGOS REGIONAIS EM CAMPO CONTRA ABUSO SEXUAL INFANTOJUVENIL |
Campanha quer manter acesa a chama de alerta que protege crianças e adolescentes
Durante a realização dos Jogos Regionais, de 3 a 14 de julho, a Prefeitura de São Carlos, por intermédio das secretarias municipais de Cidadania e Assistência Social, Esporte e Lazer, Infância e Juventude, Educação, Saúde e Comunicação, mantém no ar a campanha “Não Pode! Vamos lutar contra o abuso e a exploração sexual infantojuvenil”. A ideia é promover e espalhar a informação de que essa prática é crime seja onde for executada, e que pode e deve ser denunciada 24 horas por dia, todos os dias da semana, pelo disque 100.
Ao todo, 67,7% das crianças e jovens que sofrem abuso e exploração sexuais são meninas, contra 16,52% dos meninos. Os casos em que o sexo da criança não foi informado totalizaram 15,79%. A maioria dos casos (40%) ocorrem com crianças entre 0 a 11 anos, seguidas por 12 a 14 anos (30,3%) e de 15 a 17 (20,09%), levando em conta as denúncias do disque 100. A maioria dos agressores são homens (62,5%) e adultos de 18 a 40 anos (42%). Um levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), com base nos dados de 2011 do Sistema de Informações de Agravo de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), mostrou que 70% das vítimas de estupro no Brasil são crianças e adolescentes.
Secretarias unidas- “Por conta desses números que assustam e envergonham precisamos de atitudes mais sérias no combate a essa chaga que atinge milhares de nossas crianças e adolescentes que, sozinhos, não tem capacidade de controle. Se cada um de nós fizer a sua parte, denunciando, a ajuda que podemos prestar é enorme”, disse a Secretária de Cidadania e Assistência Social, Glaziela Solfa. Já o Secretário de Esportes e Lazer, Edson Ferraz, acredita que a campanha é um suporte para inibir atitudes nessa direção e, ao mesmo tempo, blindar as possíveis vítimas em potencial. “Em nenhum ambiente a prática do abuso é permitida, muito mais dentro do esporte onde o pressuposto básico é a saúde física, mental, e o desenvolvimento psicossocial desse público ainda em formação”.
A Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social foi quem propôs e a Secretaria de Comunicação realizou a campanha. “É uma forma de darmos nossa parcela de contribuição para que esses casos possam ser banidos de vez do dia-a-dia, e parem de deixar sequelas emocionais nessa faixa etária cada vez mais vulnerável”, acredita Mateus de Aquino, Secretário de Comunicação.
(02/07/2018) |