NO ESTADO DE SÃO PAULO A CAMPANHA CONTRA A POLIOMIELITE E SARAMPO COMEÇA NESTE SÁBADO PDF Imprimir E-mail

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo vai antecipar em dois dias a vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo na capital e demais municípios do interior paulista. Enquanto no restante do país a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Sarampo será realizada de 6 a 31, no estado de São Paulo, será de 4 a 31 de agosto com a realização também de dois dias “D” de mobilização, um no primeiro dia da Campanha, 4 de agosto e outro dia 18 de agosto. O público alvo da campanha são crianças na faixa etária de 1 a 4 anos de idade.

 

Contra a pólio as vacinas são aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade, sendo que nessa fase a vacina aplicada é a injetável. Aos 15 meses e aos 4 anos (até quatro anos, 11 meses e 29 dias) as crianças devem receber o reforço por meio da famosa gotinha.  Contra o Sarampo são duas doses, a primeira aos 12 meses (tríplice viral - sarampo, caxumba e rubéola)e a segunda aos 15 meses (tetraviral - rubéola, caxumba, sarampo, varicela).

 

De acordo com a chefe da Vigilância Epidemiológica de São Carlos, o município já recebeu da Diretoria Regional de Saúde de Araraquara (DRS–III), 12 mil doses da vacina contra a Poliomielite e 2.700 doses da vacina contra o Sarampo. “Antes do início da Campanha a DRS-III vai nos enviar mais doses de vacinas, principalmente contra o Sarampo. A nossa meta é vacinar 11.053 crianças contra a Poliomielite e o Sarampo, com índice de 100% de cobertura vacinal”, relata Kátia Spiller.

 

Kátia ressaltou, ainda, a responsabilidade dos pais ou responsáveis. “Vamos ter dois dias “D” para atender aqueles pais que durante a semana não tem como levar os filhos nas unidades. Nesses dois sábados, 4 e 18 de agosto, todas as unidades básicas e de saúde da família de São Carlos e dos distritos de Água Vermelha e Santa Eudóxia, atenderão das 8h às 17h, portanto não tem desculpas para não levar as crianças”, ressalta a chefe da Vigilância Epidemiológica lembrando que durante todo mês de agosto, de segunda a sexta, as unidades também aplicam as vacinas.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, a cobertura da vacina contra Poliomielite não atingiu os 50% em 312 municípios brasileiros. 44 deles ficam no estado de São Paulo. O município paulista com menor cobertura vacinal contra pólio é Santo Antônio do Aracanguá, que fica às margens do Rio Tietê, na região de Araçatuba e tem menos de dez mil habitantes. Lá, a vacinação atingiu apenas 1,74% das crianças.

 

O Brasil está livre da poliomielite desde 1990. Em 1994, o país recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem. Por isso é fundamental a manutenção das elevadas coberturas vacinais, acima de 95%.  Embora o Brasil esteja livre da paralisia infantil desde 1990 é fundamental a continuidade da vacinação para evitar a reintrodução do vírus da poliomielite no país. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, três países ainda são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão).

 

Sarampo- Atualmente, o Brasil enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. No entanto, os surtos estão relacionados à importação. Isso ficou comprovado pelo genótipo do vírus (D8) que foi identificado, que é o mesmo que circula na Venezuela. Já foram confirmados 519 casos de sarampo no Amazonas, 3.725 permanecem em investigação. O estado de Roraima confirmou 272 casos da doença e 106 continuam em investigação.

 

Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação foram identificados nos estados de São Paulo (1), Rio de Janeiro (14); Rio Grande do Sul (13); Rondônia (1) e Pará (2).

 

O Brasil recebeu, em 2016, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o certificado de eliminação da circulação do vírus do Sarampo, e atualmente empreende esforços para manter o certificado, principalmente por meio de estratégias de imunização.

 

(30/07/2018)