SÃO JOÃO DA BOA VISTA É CAMPEÃ NO VÔLEI FEMININO DOS JOGOS ABERTOS; SÃO CARLOS FOI PRATA Imprimir

Contando com apenas seis jogadores (sem reservas) São Carlos demonstrou brilho pelo esforço, garra e superação

 

A equipe de Vôlei feminino Livre (2ª Divisão) de São João da Boa Vista foi a campeã nos 82º Jogos Abertos do Interior, depois de vencer São Carlos por 3 X 0. Isso é fato, isso é direito. Todavia, a adversária, São Carlos, deu uma demonstração de competência  digna de reconhecimento do próprio time oponente. Afinal, 13 horas depois de jogarem cinco sets contra São José do Rio Preto na noite de ontem (23), as meninas da cidade-sede estavam de novo na quadra para mais uma ‘pedreira’ com São João. Prova disso são as parciais:  25 x 23, 26 x 24 e 25 x 23.

 

Não bastasse isso, a equipe de São Carlos jogou sem banco (não haviam reservas), sem líbero e sem ponteira por causa de lesões e um problema extra quadra com a inscrição de atletas. “Essa prata tem um ‘gostaço’ de ouro, pois perdemos peças importantes para dar continuidade ao que vinha sendo desenvolvido até aqui. A gente fez o nosso melhor, avançamos até onde conseguimos. Agradecemos muito à torcida”, disse, emocionada, Sabrina, capitã da equipe são-carlense.

 

O técnico de São Carlos, Chicão, lembrou que para quem acompanhou o dia a dia de perto até esse momento, sabe muito bem das dificuldades enfrentadas até essa final: “Duas atletas machucadas, uma sem poder jogar, a líbero precisei transformar em ponteira, uma contundiu o joelho e tive que poupar, enfim, essa prata tem sabor de ouro sim”. 

 

Maurício, técnico da equipe de São João da Boa Vista, formado integralmente por jogadoras que são alunas da Unifeob, reconheceu o talento e a garra das meninas de São Carlos. “Foi um jogo disputado ponto a ponto, as parciais provam isso. No terceiro set meu coração quase saiu pela boca. Esporte é assim. Parabéns a São Carlos pela disputa dessa partida de forma específica, e pela organização dos Jogos de forma geral”.

 

Brenda, capitã de São João da Boa Vista, disse que o título foi uma conquista construída por cada membro da equipe, de forma individual, e por todos, de maneira coletiva: “É uma emoção muito grande disputar qualquer final. Em Jogos Abertos, então, não há como descrever em palavras”.

 

Se faltam palavras para a jogadora sanjoanense explicar a emoção, para o time de São Carlos com certeza elas transbordam ânimo, brio, coragem, determinação, ousadia, raça e valentia.