» MONUMENTO EM HOMENAGEM A MAURREN MAGGI SOFRE VANDALISMO PDF Imprimir E-mail

 

Na madrugada da última segunda-feira (19) vândalos picharam o monumento em homenagem a atleta são-carlense Maurren Maggi. Os autores do ato condenável não foram identificados. O arquiteto Marcelo Suzuki, responsável pelo projeto do monumento repudiou tal atitude.

O monumento à atleta homenageou a conquista alcançada nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, quando Maurren ganhou a medalha de ouro no salto em distância. A peça foi inaugurada no dia 30 de dezembro.

Suzuki está em São Paulo e deve vir a São Carlos nos próximos dias para analisar os prejuízos sofridos pelo monumento no processo de oxidação. “Estávamos esperando que a peça tivesse uma oxidação uniforme para aplicarmos uma resina antipichação, mas com essa ação vamos analisar os danos que o monumento sofreu e, se for o caso, vamos apressar o processo de oxidação para aplicarmos a resina o mais rápido possível”, disse Suzuki.

“É lamentável essa violência contra uma obra de arte. O que seria dos monumentos se cada um que não concordasse com o artista resolvesse depredá-los? Além de ser uma agressão ao patrimônio público é um desrespeito a Maurren que tanto se emocionou com a homenagem”, disse a diretora presidente da Fundação Pró-Memória, Ana Lúcia Cerávolo.

Monumento
A Prefeitura, por meio da Fundação Pró-Memória, contratou o arquiteto Marcelo Suzuki para a elaboração e execução do projeto. Segundo ele, o salto executado por Maurren Maggi foi uma maravilha da dinâmica, um fenômeno físico que agora está retratado no monumento. “No nosso entendimento, uma estátua para Maurren seria a antítese do feito, já que uma estátua é, exatamente, algo estático, congelado, petrificado. As estátuas de pedra realizadas por Michelangelo são algo magnífico, mas para seu tempo. São Carlos é a cidade da tecnologia e do conhecimento, assim, o monumento tem que ser dinâmico. Pensamos que a luz solar criaria um desenho no chão, que se moveria ao longo do dia. A partir desse conceito, foi imaginada uma placa metálica com um corte em forma de parábola. Esse corte tem exatamente os 7,04 metros de comprimento, a distância exata do salto de Maurren em Pequim. Inclinado, o trecho da chapa contido pelo corte, na direção norte, a inclinação exata do paralelo onde se encontra São Carlos, o desenho da luz do sol passa pelo ‘salto’ e carimba o chão na sombra da própria placa. Imaginei crianças se divertindo com isso”, explicou, à época, o arquiteto.

(19/01/09)