» PARQUE ECOLÓGICO LIBERTA JAGUATIRICA QUE HAVIA SIDO ATROPELADA PDF Imprimir E-mail



Uma jaguatirica adulta de 17 kg ganhou a liberdade após ter passado um período no Parque Ecológico de São Carlos. O macho foi levado para lá depois de ter sido atropelado na estrada que liga São Carlos a Descalvado, em outubro do ano passado, quando sofreu uma luxação.
Durante o período em que ficou no cativeiro, a jaguatirica recebeu acompanhamento médico veterinário até sua total recuperação.

A soltura do animal só poderia ser feita com a autorização do Ibama, que foi concedida no final de dezembro. Antes de ser solta, a jaguatirica teve um microchip implantado no corpo para poder ser identificada caso seja capturada novamente. Essa tecnologia é usada há quatro anos pelo Parque Ecológico, principalmente nos animais que estão em cativeiro e são usados em pesquisas. O chip traz todas as informações de identidade e da lesão sofrida pelo animal.

Além disso, a jaguatirica recebeu uma coleira de couro com o número do telefone do Ibama e teve uma pequena quantidade de sangue coletado para fazer o DNA que será guardado para pesquisas futuras, com o objetivo de se montar um banco genético desse felino.

O administrador do Parque Ecológico, Fernando Magnani, explicou que a jaguatirica é um felino ameaçado de extinção, mas que não havia necessidade de mantê-lo em cativeiro devido ao grande número de animais já vivendo nessas condições. “Não tem cabimento deixar um animal forte e adulto confinado aqui no parque. Conhecemos o seu habitat natural e vamos soltá-lo no mesmo local em que foi capturado”, explicou.

Apesar da raridade, Magnani disse que a jaguatirica tinha uma grande ocupação geográfica nas três Américas, mas sempre foi alvo de caçadores. Por se tratar de um animal que anda quase sempre sozinho em áreas demarcadas por eles mesmos, Magnani disse que os encontros de cruzamentos diminuíram com o tempo.

A jaguatirica alimenta-se principalmente de roedores silvestres e aves. É um animal arisco e não costuma chegar próximo às áreas domésticas.

(05/01/05)