» FÓRUM PROMOVE POUCAS ALTERAÇÕES NOS JOGOS REGIONAIS E ABERTOS PDF Imprimir E-mail



A edição final do Fórum sobre o Esporte Paulista, realizado pela Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer do Estado de São Paulo na terça, dia 6, na cidade de Jaú, promoveu poucas alterações no regulamento dos Jogos Regionais, Abertos e Abertos da Juventude, já para o ano de 2006. O evento reuniu dirigentes das oito regiões esportivas do estado, dirigentes estes que foram escolhidos durante os quatro fóruns regionais que aconteceram no mês passado. Cada uma das regiões escolheu dez representantes para a edição final do fórum.

A mesa dos trabalhos contou com a presença do vice-prefeito de Jaú, Milton Lira, do vice-prefeito e secretário municipal de Esportes e Turismo de Igaraçu do Tietê, Luis Antonio dos Santos, do secretário municipal de Esportes de Jaú, João Izar, e dos diretores da Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer, José Cleófano de Lima Maffei e Luiz Antonio Chorilli. Representando São Carlos estiveram o diretor e o chefe de Divisão de Esportes de Rendimento da Prefeitura, Geraldo Costa Dias Júnior e Valdir Barbosa.

Constavam da pauta onze itens que foram trazidos das reuniões regionais de novembro e colocados para a discussão: Associação das Secretarias Municipais de Esportes e Lazer (ASMEL), análise dos princípios, regiões esportivas, registro de atletas, sistema de disputa, período de disputa, classificação para os Jogos Abertos, comissão disciplinar, paradesporto, dopping, modalidades e eleição de sedes. O assunto que mais gerou polêmica entre os dirigentes esportivos foi a divisão dos Jogos Abertos em duas séries, ouro e prata. A proposta foi apresentada, mas diante da complexidade ficou decidido que todos os dirigentes devem ser consultados, não só os representantes que estiveram no fórum.

Na abertura do evento, o representante da ASMEL, Nivaldo Ceará, falou sobre algumas decisões da associação. Em seguida entrou em discussão, defesa e votação cada um dos itens da pauta. Os Jogos Regionais e Abertos do Interior continuam sendo disputados nas categorias Sub-21 e Livre. Havia outra proposta de disputa em uma única categoria, porém ela foi rejeitada. Quanto ao registro de atletas, a temporada começa em 1º de maio e não 1º de junho. Ficou decidido também que o registro não fica vinculado aos Jogos Abertos da Juventude.

O sistema de disputa foi alterado, passando as duas primeiras a serem disputadas em grupo. As propostas de diminuição de 11 para 8 dias de competição e a alteração no sistema de classificação para os Jogos Abertos foram rejeitadas pela maioria. As modalidades em disputa permanecem as mesmas, obedecendo à resolução nº 3 da Coordenadoria de Esportes e Lazer (CEL), que prevê um número mínimo de cidades participantes. A divisão das regiões fica como está, porém a SEJEL vai avaliar algumas situações pontuais.

Sobre Comissão Disciplinar, foi sugerida a participação de dirigentes das oito regiões esportivas nos julgamentos, proposta que também será avaliada pela SEJEL. O exame anti-dopping fica mantido tanto nos Regionais quanto nos Abertos. O paradesporto, competição para pessoas portadoras de deficiência (PPD), foi mantido nas modalidades atletismo e natação, mas os dirigentes propuseram alguns ajustes nestas provas. O último item da pauta discutido foi a eleição de município-sede para os Jogos Regionais e Abertos do Interior. A maioria dos dirigentes decidiu que o voto passa de aberto para secreto.

O diretor de Esportes de Rendimento da Prefeitura de São Carlos, Geraldo Costa Dias Júnior, avalia que o fórum teve pouco resultado prático. “A falta de organização da SEJEL para um fórum desta importância contribuiu para o pouco aproveitamento de todo o processo de discussão. A interferência das grandes cidades conduziu o processo para uma pauta preestabelecida. A inexistência de uma proposta da SEJEL para uma nova formatação dos Jogos Regionais, Abertos e Abertos da Juventude acabou não atendendo os anseios da maioria dos municípios”, relatou.

O diretor concluiu dizendo que mudanças estruturais fundamentais não ocorreram e os municípios terão que arcar com custos excessivos e outros sob penas de não terem condições de sediar esses eventos. Ele espera que com todo esse processo de discussão a SEJEL ainda apresente uma nova constituição para os jogos.

(07/12/05)