» HOSPITAL-ESCOLA: COMISSÃO SE REÚNE E APRESENTA SUGESTÕES PDF Imprimir E-mail

Hospital-Escola Municipal.
Comissão reunida no auditório do SAAE. Na terça, dia 3, no auditório do SAAE, aconteceu a segunda reunião da Comissão de Coordenação da Implantação das Atividades, Procedimentos e Serviços do Hospital-Escola Municipal “Professor Horácio Carlos Panepucci”. O objetivo foi apresentar as primeiras sugestões já levantadas por cada uma das três frentes de trabalho, para viabilizar a entrada em operação do primeiro módulo do hospital de São Carlos.

A comissão tem seus trabalhos concentrados em três frentes de trabalho: modalidade de gestão, sob a coordenação de José Rubens Rebelatto (assessor da reitoria da UFSCar para a implantação do curso de Medicina), integração do hospital com a Rede de Cuidados da Saúde, tendo como coordenador Adriano Marinovic (médico da Secretaria de Saúde) e gestão hospitalar, com coordenação de Arthur Goderico Forghieri (Departamento de Medicina da UFSCar). Cada uma das frentes possui ainda outros cinco membros, além da participação de Hélio Egydio Nogueira, ex-reitor da Unifesp, que atua como consultor “Ad Hoc” dos grupos.

O grupo que está trabalhando o modelo de gestão do hospital trouxe para a reunião três modelos de gestão de serviços de saúde: Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), Organização Social (OS) e Fundação Pública de Direito Privado. Os membros da comissão puderam conhecer e discutir denominações como personalidade jurídica, vocação, áreas de atuação, instrumento jurídico com o poder público, previsões estatutárias obrigatórias, controle e prestação de contas, escolha da entidade, participação da sociedade civil, avaliação de resultados, aspectos práticos em relação ao Hospital-Escola da, entre outros.

Já o grupo que está discutindo a definição do papel do Hospital-Escola Municipal na integração com a Rede de Cuidados da Saúde, destacou a importância da estruturação do sistema municipal de saúde para a implantação do hospital. Entre as demandas identificadas pelo grupo e que também serão apresentadas ao prefeito Newton Lima estão as seguintes: acelerar o ritmo de ampliação da cobertura da rede básica, implantar mecanismos de acolhimento das UBSs e USFs, qualificação do atendimento nas UPAs incluindo melhor estruturação e ampliação de equipes médicas e de enfermagem, internalização e externalização da dinâmica assistencial e estruturação da central de regulação.

Por fim, o grupo que está analisando as opções de gestão hospitalar apresentou um levantamento das necessidades da frente de trabalho. Foram pontuadas as necessidades de conhecer o projeto completo do hospital, quais são as atividades/serviços que o hospital desenvolverá nessa etapa inicial, conhecer as plantas do hospital, os equipamentos em processo licitatório, o funcionamento dos setores/serviços de apoio do município, organizar uma infra-estrutura no hospital, composta de telefone, computador, secretária, etc. Um fator de consenso entre as frentes é buscar um modelo que garanta transparência, equilíbrio econômico e administrativo, além de flexibilidade e agilidade da gestão do hospital.

Para o secretário de Saúde Dirceu Barbano, houve um avanço significativo no sentido de definir o que é essencial para viabilizar a implantação do hospital. “O grupo que trabalhou com a modalidade de gestão já trouxe um resultado concreto e vai agora aprofundar quais são as vantagens e desvantagens de cada um dos modelos da gestão de saúde. O grupo da definição do papel do hospital desenhou um modelo que pode resolver não só a questão da implantação do hospital, mas também os problemas históricos do município em relação ao atendimento de urgência e emergência, ao encaminhamento de pacientes de unidades básicas para o pronto atendimento e articulação com a Santa Casa”, relatou.

O grupo da gestão hospitalar, segundo Barbano, também já tem seu foco voltado para o desenho interno do hospital. Uma sala será montada no hospital nos próximos dias, para que a frente de trabalho possa conferir no local aquilo que tem que ser feito. Todas as demandas da comissão, sejam visitas a outros hospitais, convocação de palestras, depoimentos ou emissão de parecer jurídico, serão viabilizadas pela Prefeitura, que dispõe de orçamento para a implantação do hospital. “O que for preciso para custear o vencimento das etapas para que se tenha na cidade o melhor modelo de gestão do Hospital-Escola Municipal, será feito”, frisa o secretário.

(04/10/06)