» CIRURGIAS ELETIVAS PDF Imprimir E-mail

Um convênio firmado entre a Prefeitura e a Santa Casa de São Carlos vai permitir a realização de 1.750 cirurgias eletivas, aumentando de 105 para 250 o número de cirurgias realizadas mensalmente. Dessa forma, o objetivo é diminuir a fila de espera de três mil pacientes que aguardam pelo procedimento, que não é considerado de urgência. A partir da formalização do convênio, as cirurgias passarão a ser realizadas já nas primeiras semanas de janeiro de 2007.


PREFEITO ANUNCIA INÍCIO DO MUTIRÃO DE CIRURGIAS ELETIVAS

O prefeito Newton Lima anunciou nesta quarta, dia 20, que a Prefeitura vai garantir, por meio de um convênio assinado com a Santa Casa de São Carlos, um esforço adicional para a realização de 1.750 cirurgias eletivas. Participaram da solenidade de assinatura do documento o secretário municipal de Saúde Dirceu Barbano, o provedor da Santa Casa Rinaldo Pucci, o vice-provedor Antônio Valério Morillas Júnior e o diretor clínico da Santa Casa Paulo Roberto Motta.

Com esta iniciativa, o número de cirurgias passará de 105 para 250 cirurgias por mês, diminuindo o tempo de espera para esse tipo de procedimento. Serão gastos R$ 1,1 milhão em cirurgias eletivas de média e alta complexidade nas áreas de ginecologia, pediatria, otorrinolaringologia, ortopedia, urologia, cirurgia plástica oncológica (não maligna) e gerais, como hérnia, vesícula, amídala, fimose, entre outras.

A realização do mutirão das cirurgias com recursos de R$ 241,7 do Ministério da Saúde e investimento de R$ 850 mil da Prefeitura já havia sido aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS) por ser um procedimento que necessita de recursos adicionais, ampliando o número de cirurgias mensais com o objetivo de diminuir a fila de espera dos pacientes, que hoje chega a três mil pessoas.

Além da Santa Casa de São Carlos, onde será realizada quase a totalidades das cirurgias, a Santa Casa de Dourado também participará do processo. Lá serão feitas as cirurgias vasculares, uma vez que tal procedimento não interessou à equipe de cirurgiões de varizes que atuam em São Carlos. O convênio prevendo essas cirurgias adicionais é necessário para garantir a participação de todas as especialidades cirúrgicas, atraindo o interesse dos médicos e também a disponibilidade de leitos extras na Santa Casa.

Formalizados os convênios com os hospitais, o mutirão de cirurgias eletivas deverá ter início nas primeiras semanas de janeiro de 2007. Será uma média de 145 cirurgias/mês, além das 105 já realizadas rotineiramente. Dessa forma, durante um ano, serão realizadas cerca de 250 cirurgias eletivas por mês, ou seja, 3 mil procedimentos. Newton Lima lembra que o que mais angustia a maioria dos prefeitos é o fato de que o sistema SUS não consegue dar conta das cirurgias que não são urgentes, aquelas em que o paciente não corre risco de morte.

“Nós temos lutado muito desde 2001 para diminuir a fila das cirurgias não urgentes e fizemos um grande acordo com a Santa Casa, porque tem recursos do governo federal e contrapartida da Prefeitura, para pagar adequadamente os cirurgiões, acabando com a fila em um ano e abreviando o sofrimento das pessoas que precisam da cirurgia. Eu quero comemorar os 150 anos de São Carlos sem fila de espera por cirurgias eletivas. Aprovamos inclusive um plano com a Santa Casa para que não haja mais este drama”, afirmou o prefeito.

Dirceu Barbano informa que o critério para a realização das cirurgias será a data de entrada na fila para o procedimento cirúrgico. “Quem está aguardando há mais tempo será atendido primeiro. O convênio com a Santa Casa abre também a possibilidade de se estabelecer, com a entidade, uma ampliação definitiva do número de cirurgias sem gerar fila de espera, com um processo perene e resolutivo”, disse.

Antônio Valério Morillas Júnior define o acordo do hospital com a Prefeitura como um avanço significativo na solução do problema das pessoas que dependem de uma cirurgia que não é de urgência. “Eu sou testemunha de que desde o início da primeira gestão do prefeito Newton Lima ele tem se preocupado com a questão, se envolvido e tentado resolver o problema. Isso pode ser visto nos números, já que a Santa Casa no início de 2001 realizava 50 cirurgias eletivas, logo nos primeiros meses passou a 105 e hoje, com o convênio, nós vamos para 250, fora as cirurgias de emergência que são efetuadas no dia-a-dia”, declarou.

Para o diretor-clínico da Santa Casa, “a nossa população cresceu muito e os limites ficam difíceis de ser superados pelo porte físico da Santa Casa, mas agora com a criação do novo centro cirúrgico vamos tentar suprir esta demanda. A questão social prevaleceu na tomada de decisão e na postura dos médicos para firmar o convênio com a Prefeitura, já que historicamente o SUS é muito deficitário no sentido de remunerar de forma adequada os procedimentos médicos. Entendemos que existia esse passivo e vamos resolver para podermos caminhar mais tranqüilos e as cirurgias serem realizadas de forma adequada”.

Além dessas cirurgias eletivas, o SUS municipal realiza outras 170 cirurgias consideradas de urgência todo mês. São mais duas mil cirurgias por ano. Assim, entre cirurgias eletivas – 3 mil/ano – e de urgência – 2 mil/ano –, a Prefeitura pretende realizar cinco mil cirurgias nos próximos 12 meses. Com essa medida, a Prefeitura busca solucionar o problema da espera por cirurgias considerada eletivas, que em muitos casos chega a dois anos. São pessoas que já passaram pelo médico, têm a indicação da cirurgia e estão aguardando a sua realização.

Uma comissão do Conselho Municipal de Saúde, composta por profissionais de saúde e usuários, irá acompanhar os resultados e a opinião dos pacientes. Caso sejam satisfatórios, outras etapas poderão ser desenvolvidas naquela instituição. A negociação dos detalhes da realização das cirurgias com os hospitais buscou atribuir a quantidade compatível com a capacidade de cada uma das instituições. Os médicos que realizarão as cirurgias são membros do corpo clínico da instituição e serão indicados com a participação do Departamento de Atenção Hospitalar da Secretaria Municipal de Saúde.

(20/12/06)