» PREFEITURA INCENTIVA VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AFTOSA PDF Imprimir E-mail



A Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, incentiva os pecuaristas da cidade a participarem efetivamente da 2ª etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa. O governo do Estado lançou este projeto na manhã desta segunda, dia 29, no município de Presidente Venceslau, e o período para a vacinação do gado será de 1º a 30 de novembro. “Nós solicitamos e encorajamos todos os produtores a participarem deste processo de vacinação, que é a forma mais simples de erradicar a doença do Brasil”, observa o secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Sérgio Dutra.

A primeira etapa transcorreu no mês de maio, quando o índice de cobertura para aftosa atingiu o percentual de 99,54% de um rebanho total de 12 milhões de cabeças, em todo o Estado. Em São Carlos, o rebanho é de aproximadamente 50 mil cabeças, englobando bovinos e bubalinos (búfalos). Há 11 anos, o Estado de São Paulo não registra o aparecimento de nenhum foco da doença. “O último foco de aftosa foi registrado em São Carlos no ano de 1996”, relembra o secretário Dutra. “Desde então, nenhum outro caso foi identificado em nosso estado, servindo de exemplo ao restante do país”, reitera.

A vacina pode ser adquirida em qualquer estabelecimento agropecuário do município, sendo facilmente aplicada. O proprietário que não participar desta campanha receberá uma multa de 5 UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) por cabeça. Caso vacine e deixe de comunicar à Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, que funciona no prédio da Secretaria Municipal de Agricultura (dentro do complexo da São Carlos Exposhow), a multa é de 3 UFESPs.

Cada UFESP corresponde ao valor de R$ 14,23. Depois do dia 30, o pecuarista terá até o dia de 10 de dezembro para comprovar a vacinação, apresentando a nota fiscal da vacina, a relação dos animais vacinados, RG e CPF do proprietário, assim como o CNPJ da propriedade e o nome das propriedades vizinhas, utilizadas como referência para atualização do cadastro. “Além de abranger a saúde sanitária, a correta vacinação do gado auxilia no fomento de mais negócios com o mercado externo, que exige uma carne de primeira qualidade”, analisa Dutra.

Saiba mais sobre a doença
A febre aftosa é uma doença aguda e altamente contagiosa que afeta os animais de cascos fendidos. Ela não ataca somente o gado. Porcos, carneiros, cabras, búfalos e até alguns bichos do mato como o veado e a capivara sofrem com esse mal. Raramente afeta pessoas, apenas as que têm contato com animais doentes ou com vírus em laboratório de pesquisa.

Se apenas um animal do rebanho for atacado, a febre pode passar rapidamente para os demais. A aftosa maltrata muito o animal, forma feridas na boca, nos pés e nas mamas. Também pode fazer com que as fêmeas prenhas percam a cria e até mata bezerros com poucos meses de vida. Além dos danos aos animais, a doença também representa muitos prejuízos ao criador. O animal perde peso e diminui a produção de leite.

Transmissão
O principal veículo de transmissão é o próprio ar, através de aerossóis emitidos pelos animais doentes, podendo chegar até 50 km de alcance. A maior fonte de disseminação é o contato com animais infectados ou através de roupas e veículos automotores, entre outros objetos que estiveram em contato com os animais contaminados.

Evolução da doença
A doença é causada por um vírus, que no Brasil se apresenta de três formas – O, A e C –, com mais de 60 subtipos diferentes. Inicialmente o vírus se instala nas células da mucosa e faringe, onde se multiplica. A partir daí cai na circulação e se dissemina por todo o organismo. Após 24 ou 48 horas, o animal apresenta febre, vesículas na língua, na cavidade bucal, nos espaços interdigitais e, às vezes, nas tetas e úberes. Após 48 horas do surgimento destes sintomas, estas vesículas se rompem facilitando a instalação de bactérias, dificultando a cicatrização.

Sintomas
O animal baba excessivamente, apresenta febre alta, falta de apetite, pêlos arrepiados, emagrece severamente e não consegue se locomover. As fêmeas em gestação podem abortar o feto, os animais jovens podem morrer e as vacas em lactação têm a produção leiteira bastante diminuída.

Conseqüências
Os animais que sofreram de febre aftosa podem desenvolver lesões secundárias crônicas, sendo oral, nasal e podal (nas patas). A deformação dos cascos pode resultar num comprometimento permanente da capacidade de locomoção do animal, prejudicando seu bem-estar. O envolvimento da glândula mamária pode resultar em mastite e permanentes danos na produção de leite. O ganho de peso de animais com seqüelas será menor quando comparados com animais sadios.

(29/10/07)